Porque essa capacidade, infinita, de se encantar com as belezas da vida, carece de um Canto específico.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Espera,que o Sol já vem
Estou olhando pra esse editor há umas duas horas.
Abro,fecho,abro de novo. Leio textos antigos,leio meus últimos Twitts,e não consigo chegar a um denominador comum.
Olho pra dentro de mim,e não consigo encontrar as coisas organizadas em suas gavetas para poder me expressar.
Acho,que pela primeira vez,eu não sei o que sinto.
Talvez,isso ajude a me incomodar mais com a situação...
Loquei um filme,que por incrível que pareça já vi esse ano.
Não gostei dele,achei de um péssimo gosto,e os personagens sofrem muito.
Até parece vida real isso...
Começa tudo lindo,vem um 'furacão' e arrasa com tudo,leva tudo.
Depois,lá vai os personagens acabados,tentar juntar o que restou da tempestade.
Juntei alguns restinhos da tempestade assistida no filme,colei os cacos,lixei as sobras que é pra ninguém perceber que foi quebrado/sofrido/machucado pelo furacão/vida...
Arrumei a casa,organizei as gavetas e os filmes assistidos...
Tava uma calmaria boa de se ver,mas eram sorrisos demais,gente feliz demais,e o brilho deles incomodaram.
Incomodaram a ponto de tirarem o filme de circulação.
Uma pena,seria record de público com certeza.
É que sorrisos atraem pessoas;nem todas.
Só as dispostas a trocarem as lágrimas por eles...
É que o filme faria sucesso demais,e a concorrência não suportaria 'perder' pra nós.
Um filme onde os personagens não choram,ou,choram de alegria seria um 'escândalo' pra mídia.
Um filme que faria sucesso sem sofrimento aparente?Fora de cogitação.
Fora de circulação!!!
Recolheram as cópias,recolheram os sorrisos,os abraços,as tardes de partilha.
Recolheram as colas das provas,recolheram as briguinhas,as reconciliações,as noites em claro falando e falando e falando...
Recolheram as 'toalhas' que secavam as lágrimas caídas,recolheram o intercessor,o ensinador,e como ensinava.
E como ensinaria...
E como ensinará...
E como atua bem em todos os filmes que faz...
E como vive lindamente a vida real...
Colorindo a vida alheia...
Trancada aqui dentro de mim,eu vejo pelos vitrais trincados do furacão anterior,o novo furacão passar.
Só espero que esse,por sua vez,não demore tanto a passar.
Tenho coisas importantes a fazer 'lá fora'.
Novos filmes,novos sorrisos...
Tenho de arrancar os 'joios do meio dos trigos'...
E com essa tempestade,fica impossível me exteriorizar,fica difícil sorrir lá fora.
Difícil sorrir aqui dentro.
Difícil de assistir aos filmes/vidas/sofridas.
Difícil crer que novos filmes virão.
Que as coisas serão novamente organizadas em suas gavetas.
Difícil crer que os vitrais serão trocados novamente.
É...
Acho que é melhor eu esperar.Esperar passar pra terminar de ver o filme.
Relâmpagos estragam os eletrodomésticos/sentimentos...
E não queremos isso não é mesmo?!
Assim que passar,cavarei um buraco no quintal,farei um 'esconderijo' que é pra quando outro furacão passar,eu tenha onde me esconder.
Onde esconder meu coração,pra que as lágrimas não mais se confundem com a tempestade.
Ficarei aqui...
Sentada,olhando pelos vitrais trincados,a fúria do furacão...
Logo vem a calmaria,e terminaremos esse filme.
Claro,com final feliz,e dia de sol...
Por falar em Sol,cadê ele?
Espera o furacão passar,e logo ele aparece.
'Espera,que o Sol já vem!'
Metaforicamente,expressando a falta dos raios solares,que iluminavam os dias do lado de dentro do coração!
sábado, 10 de novembro de 2012
Firework,colorindo o céu...
Already buried deep
Six feet under screams
But no one seems to hear a thing"
Sim...E como foi difícil me perceber enterrada,gritando sem que ninguém pudesse me ouvir.
Gritando como nos pesadelos,em que a gente grita mas ninguém nos escuta,porque não sai som de nossa garganta.
Um período de cordas vocais/sentimentos travados/trancados.
Passivo,inerte,imóvel,morto...
Um período de tons pálidos e ressecados de Outono,acinzentado.
Período onde imperou o silêncio,o medo,a dor,a solidão,a saudade...
O período dos 'jogos' sozinha, de 'Exteriorizar dores', de 'Ter vontade de chorar',de 'Crescer doendo', de identificar a 'falta de cores e de peças'.
Período de 'Gente enferrujada', de ter a 'Saudade como um pedaço meu', de tentar 'Me fazer entender', de 'Querer ser livre como a borboleta', de 'Fazer mágicas', de 'Odiar o amar'...
E hoje,vivendo a oportunidade do 'Restart',do 'reiniciar o jogo' e não mais jogar sozinha.Mas ter a melhor das companhias para os jogos.
Sim,no plural porque estamos 'tocando tudo',no jogo/vida e 'Guitar Hero' também. rs
Hoje não mais 'Me fazendo entender' sem cores,porque com a chegada do SIM elas também retornaram para seus lugares de origem,como uma explosão de cores...
Explodindo sorrisos-cores,abraços-vidas,gargalhadas-brigas,liberdade de borboleta colorida,pronta pra alçar voos.
Explodiu as cores do 'Firework' ao abraçar a liberdade,numa tarde cansada.
Podendo descansar o corpo e o coração,no melhor abraço.
Hoje,fogo de artifício tocando o céu e colorindo,céu/vidas...
Hoje não mais 'Sorriso de tinta',mas cores próprias de liberdade.
Você sabe que é amor,quando o tempo nem a distância leva.Você sabe que é amor quando,faz permanecer em você uma faísca de esperança,de certeza de que tudo daria certo.
Ainda que por vezes,o desanimo e os tons opacos tomasse conta...
E as vozes puderam sair,e a Borboleta pode voar ao abraço da Abelhinha...
Hoje voam/jogam/vivem/sorriem/choram/silenciam,juntas.
Sincronizadas,tocando e colorindo nosso céu,como fazem os 'Fogos de Artifício'.
"Cause baby you're a firework
Come on show 'em what you're worth
Make 'em go "Ah, ah, ah!"
As you shoot across the sky "Ah, ah!"
Come on show 'em what you're worth
Make 'em go "Ah, ah, ah!"
As you shoot across the sky "Ah, ah!"
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Odeio amar você
Se não é eu quem vai fazer você feliz,guerra.♪♫
Percebi o quanto te odeio.
Odeio a forma como você invadiu meu coração,da mesma maneira que os 'sem terra' invadem e permanecem.
Odeio não conseguir pedir a reapropriação das 'minhas terras'.
Odeio a forma como me permiti ser conquistada.
Odeio assumir esse ciumesinho chato que insiste em cutucar meu coração.
Odeio não mais participar do seu dia-a-dia.Odeio você não dividi-lo mais comigo.
Odeio me sentir esquecida por você,como se não tivesse feito a mínima importância.
Odeio a sensação de te dividir com qualquer pessoa que seja.
Odeio aceitar que terei que ficar com os seus restinhos...
Restinho de atenção,restinho de amor,de afeto,de carinho.
Odeio levar em consideração a hipótese de ter sido esquecida,de não ter sido tão importante quanto foste para mim.
Odeio a forma como ocupou todos os espaços do meu coração,e como supriu todas as minhas necessidades.
Odeio a forma como me tornei dependente de seus sorrisos e lágrimas.
Odeio não estar mais ao seu lado.
Odeio a forma como você foi embora da minha vida.
Odeio imaginar que você pode ter perdido o caminho de volta.
Odeio como seu abraço me escondia e me protegia do mundo.
Odeio ter tantas lembranças lindas ao seu lado.
Odeio a forma como você me aceitou,sem nunca me julgar.
Odeio rever a forma como me acolhia.
Odeio lembrar de que só você me olhava de dentro,pra dentro de mim.
Odeio amar tanto alguém,e ser mal interpretada.
Odeio não poder demostrar.
Odeio me sentir presa dentro de mim mesma.
Odeio todos os que roubam seus sorrisos que eram meus.
Odeio não poder fazer parte da sua felicidade.
Odeio tentar te odiar,e fracassar.
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
Eu,borboleta
Nascem larvas,feias,estranhas,com tom amarronzado...ar de tristeza.
Por sua natureza,deve passar um tempo,um 'bom tempo' trancada,em um submundo chamado casulo.
Tempo sofrido,de solidão,sabe que não cabe mais ninguém ali.
Nem se coubesse,ela ousaria mostrar sua realidade de larva,pra qualquer outro ser que fosse.
Ela vive esse período trancada.
Eu,ser humano/borboleta,tenho mais delas do que de mim mesma.
Sou uma larva em processo de transformação,porém,sem tempo específico para sair do meu casulo.
Habita em mim o silêncio,que nada difere do meu 'eu borboleta'...
Silêncio esse,que também vive um período trancado em seu casulo.
Esperando que alguém o liberte talvez,para colorir os sons/tons,que precisam de suas cores de borboleta.
Pronta pra encantar,pronta pra falar...
Eu/silêncio/borboleta,vivendo essa metamorfose interior.
Esperando o tempo certo de sair,e colorir o céu com meus tons de borboleta,não mais pálidos de larva.
Esperando que a metamorfose,também transforme o silêncio,em voz afinada e colorida,para 'colorir' o ouvido alheio.
Esperando,que esse casulo/tempo chegue ao fim,e me faça livre para voar.
Livre pra ser.
Ser gente/borboleta colorida.
Livre pra falar.
Livre pra viver.
Livre pra pousar nas flores e encantar pessoas.
Com um ar de gente,e a delicadeza das borboletas.
O tempo passou!
Silêncio pronto pra ser tom afinado.
Eu,pronta pra viver a liberdade de borboleta.
Casulo,já pode abrir!
Terminou a metamorfose.
Tô pronta!
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