quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Eu,borboleta


Nascem larvas,feias,estranhas,com tom amarronzado...ar de tristeza.
Por sua natureza,deve passar um tempo,um 'bom tempo' trancada,em um submundo chamado casulo.
Tempo sofrido,de solidão,sabe que não cabe mais ninguém ali.
Nem se coubesse,ela ousaria mostrar sua realidade de larva,pra qualquer outro ser que fosse.
Ela vive esse período trancada.
Uma genuína metamorfose...
Eu,ser humano/borboleta,tenho mais delas do que de mim mesma.
Sou uma larva em processo de transformação,porém,sem tempo específico para sair do meu casulo.
Habita em mim o silêncio,que nada difere do meu 'eu borboleta'...
Silêncio esse,que também vive um período trancado em seu casulo.
Esperando que alguém o liberte talvez,para colorir os sons/tons,que precisam de suas cores de borboleta.
Pronta pra encantar,pronta pra falar...
Eu/silêncio/borboleta,vivendo essa metamorfose interior.
Esperando o tempo certo de sair,e colorir o céu com meus tons de borboleta,não mais pálidos de larva.
Esperando que a metamorfose,também transforme o silêncio,em voz afinada e colorida,para 'colorir' o ouvido alheio.
Esperando,que esse casulo/tempo chegue ao fim,e me faça livre para voar.
Livre pra ser.
Ser gente/borboleta colorida.
Livre pra falar.
Livre pra viver.
Livre pra pousar nas flores e encantar pessoas.
Com um ar de gente,e a delicadeza das borboletas.
O tempo passou!
Silêncio pronto pra ser tom afinado.
Eu,pronta pra viver a liberdade de borboleta.
Casulo,já pode abrir!
Terminou a metamorfose.
Tô pronta!








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