É... parece que nos devolveram o 'Eu-te-amo'...
Haviam roubado dos meus lábios, e do meu coração essa frase, parecia que nunca mais seria capaz de dizê-la novamente.
Por medo, ou, porque simplesmente me fizeram acreditar que o amor era um erro, era feio, era mau, e dizê-lo era assinar minha sentença de morte.
E sim, por um tempo estive morto. Morre-se sempre que matamos o amor dentro de nós.
Não é assim, não tem que ser assim.
Amar deveria nos trazer sorrisos, de canto a canto do coração.
Mas, por um tempo o 'amor errado' me arrancou todos eles, e foi embora levando de mim a forma de expressá-lo.
Sempre que tentava dizê-lo, ele parava na garganta, e eu o engolia novamente.
Engolia na frente das pessoas e o vomitava em casa.
'Vomitava' o amor que ficou por dizer, nos pratos de brigadeiro, nas músicas altas no PC...
O vomitava como mau-humor... Parecia que havia o engolido, como se engole um remédio amargo quando criança. Na marra.
E como esse remédio, ele descia amargo, doído, ruim.
Descobri que amores devem ser ditos e expressados.
Descobri quando desenvolvi uma 'bulimia do coração'.
Nem os psicanalistas conhecem (inventei essa doença agora).
Na verdade ela me descobriu primeiro, antes que eu a conhecesse.
A descobri no momento em que disse um 'eu te amo' sem culpas, sem mortes.
Na simplicidade dessas três palavras, que te libertam e trazem a saúde do coração.
Eu te amo.
Não da forma de antes, hoje é diferente.
É livre, sem medo.
Sem culpas.
Sem cobranças.
Eu te amo, porque te amo, e ninguém tem nada com isso!
Nem eu mesma, não sei por que motivo eu te amo.
Eu te amo e a culpa é sua.
Só sei que sinto, e que posso/devo lhe dizer.
Estou sendo prolixa, como sempre o sou.
Mas não faz mal, o que importa aqui, é que a 'bulimia do coração' passou.
Hoje eu o digo, com todas as letras e tons.
Eu te amo! E ponto.
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