quinta-feira, 18 de junho de 2015

Pens(a-n-do)


Sinto saudades do que fui, e do que seria, se tivesse sido tudo diferente.
Hoje me sobram espaços, lacunas, perguntas ansiosas por respostas.
E são tantas marcas que ja fazem parte do que eu sou agora, mas ainda sei me virar...
Eu sempre soube. E ainda que vire, revire, me vire do avesso eu ainda te encontraria em mim.
Quero des-ser.
Onde aperta pra trocar de armadura? É que eu cansei de habitar este corpo que não mais me pertence. Porque te entreguei tudo que eu era, e quando partiu não me restou nada além de saudade e espaços vazios.
Hoje transbordo vazios, que um dia foram cheios de você.
Me entreguei.
Saltei de um penhasco sem pára-quedas, esperando ser amparada. Mas você não estava mais lá, e me despedacei com o impacto ao chão.
Coração que já havia sido colado outras 27 vezes, em pedaços novamente.
Levanta, sacode a poeira e da a volta por cima Elizabeth!
Não é tão simples assim.
João de Barro eu te entendo agora...
A mesma que matou o Dragão, se cansa da Princesa e a devolve ao castelo.
Simples assim.
Antes o Dragão tivesse vivo para servir de companhia no castelo.
Castelo vazio.
Coração despedaçado.
Vazio.
Vazio. Vazio. Vazio... Repete.
Calma, espera, que nada melhor que o tempo pra colar os pedaços e te fazer inteira novamente.
Será que temos esse tempo pra perder?



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