Já havia decorado quantos azulejos existiam na parede da cozinha e do banheiro. Sabia de cor e salteado quantos minutos gastava de casa para o trabalho.
Elizabet sofre de boa memória! É bom frisar.
Se conhecia como a palma de sua mão. Ironia. Sabia do que gostava e do poderia vir a completá-la um dia.
Elizabet só não sabia que era borboleta e que possuía asas.
Uma borboleta linda por sinal.
Asas azuis, cor do céu, com algumas manchinhas lilás.
Elizabet percebera, a tempo, que era hora de sair do casulo, uma vez que haviam lhe arrancado a casca. Na marra, sem anestesia.
Hora de voar pequena!
O medo do novo tomou conta de seu ser, mas a vontade de voar e experimentar o vento sobre suas asas era maior que o medo da altura.
Elizabet se decide por sair do casulo. Decisão difícil por sinal.
A princípio era difícil permanecer no alto. Voava um pouco e logo voltava ao solo por se sentir mais segura ali. Mas não dá pra fugir da nossa natureza.
E borboletas foram feitas pra enfeitar o céu/vida, e por mais que fosse atraída pela "segurança" do chão, no fundo, lá no fundo, ela sabia que seu lugar era no alto.
E ela voa...
E como é bom poder cumprir com a missão de sua existência. Simplesmente voar e ver a vida la de cima.
É bom poder se distanciar da realidade. Subir, subir até se perder em meio às nuvens e poder brincar de algodão doce lá em cima.
Elizabet esquece as coisas fixas lá de baixo, e se "prende" ao toque do vento lá em cima.
E em fim pode se sentir livre pra ser.
Livre pra pousar nos jardins/vidas e sugar o néctar das flores.
Livre pra viver o efeito borboleta do ser.
Elizabet descobre que pode ser feliz. Voando.
Voa borboleta!
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