domingo, 20 de outubro de 2013

Submersa em ausências

Eis que me encontro submersa novamente, mergulhada nos meus sentimentos de forma que não enxergo mais as coisas como são, se é que tem alguma coisa.
Uma necessidade absurda de dizer tudo o que sinto, todos esses gritos que silenciosamente me atormentam.
Mas não.
Me contenho, me controlo, mantenho a pose e o equilíbrio.
Mentira.
Às vezes me desequilibro.
Caio, ralo um pouco os joelhos, mas não foi nada, “pulou, pulou”.
“Levanta, sacode a poeira  da a volta por cima”?!
Sempre.
E de pulos em pulos, a gente acaba por cair dentro de alguém, ou, vice e versa.  
Assim como a ânsia de um vômito que vem até a garganta mas volta por não poder sair, são as palavras que tenho pra dizer.
Enxutas e sinceras, simplesmente porque eu não consigo, e não posso mascará-las.
Mascarar sentimento, é coisa de gente covarde, e covardia não combina comigo.
Logo, escancaro, grito pra todo mundo ouvir.
Com cicatrizes nos joelhos e no coração, com lembranças de um pretérito imperfeito quase que presente, entre tombos e ânsias, que consigo extrair de mim a necessidade de voltar à superfície.
Porque é na superfície que você está, e eu estou afogada pelos sentimentos que sua ausência me traz.

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