Eis que me encontro submersa novamente, mergulhada nos meus
sentimentos de forma que não enxergo mais as coisas como são, se é que tem
alguma coisa.
Uma necessidade absurda de dizer tudo o que sinto, todos
esses gritos que silenciosamente me atormentam.
Mas não.
Me contenho, me controlo, mantenho a pose e o equilíbrio.
Mentira.
Às vezes me desequilibro.
Caio, ralo um pouco os joelhos, mas não foi nada, “pulou,
pulou”.
“Levanta, sacode a poeira
da a volta por cima”?!
Sempre.
E de pulos em pulos, a gente acaba por cair dentro de
alguém, ou, vice e versa.
Assim como a ânsia de um vômito que vem até a garganta mas
volta por não poder sair, são as palavras que tenho pra dizer.
Mascarar sentimento, é coisa de gente covarde, e covardia
não combina comigo.
Logo, escancaro, grito pra todo mundo ouvir.
Com cicatrizes nos joelhos e no coração, com lembranças de
um pretérito imperfeito quase que presente, entre tombos e ânsias, que consigo
extrair de mim a necessidade de voltar à superfície.
Porque é na superfície que você está, e eu estou afogada pelos
sentimentos que sua ausência me traz.
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