É quando não caibo dentro de mim que me deságuo por aqui.
Os meus excessos já são tantos que quase não consigo mais me
expressar. Abro e fecho o editor, tento organizar em mim todos os sentidos
escondidos que anseiam ser ditos-livres.
Transbordo.
Transbordo em dizeres embutidos, me transbordo de dentro pra
dentro de um nó’s que só existe no mundo das ideias.
E como queria que fosse tudo real, que as nossas ruas se
encontrassem num cruzamento movimentado.
Como queria que fosse possível parar o tempo num de nossos
encontros.
Ainda que seja no “oi, como você esta?” “A tá tudo muito corrido...”
Como queria que seu tempo corrido parasse no meu, pra
descansar nos meus braços e adormecer ao meu lado.
Por mais que abstraia, que distraia, entre um pensamento e
outro é sempre em você que eu paro.
Mas o tempo é traiçoeiro e passa rápido demais.
Quando eu vejo, o presente ao seu lado já se tornou
“pretérito-imperfeito”, e novamente me encontro no mundo das ideias, onde tudo
é perfeito.
E tenho sonhado com sua ‘perfeição’, com seu sorriso, com
seu pequeno abraço.
Mas é que mesmo pequeno eu caibo tão bem dentro dele, que
poderia morar aí pro resto da minha vida.
E é entre uma noite insone e outra, que te encontro nos meus
excessos de cruzamentos movimentados aqui dentro.
E percebo que tem trasbordado você dentro de mim.
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