Compartilhando insônias...
Tinha nos olhos uma esperança infindável, olhos de querer que o mundo inteiro coubesse em suas mãos.
Ah, aqueles olhos, olhos estes que desejavam ver todos os pores do sol e todos os nasceres da lua para sentir que, dentro de seu peito havia ainda um coração que tilintava.
Sentia, e ah! Como sentia.
Sentia não caber dentro de si a vontade de conhecer o mundo, sair sem rumo, pra um lugar qualquer. Conhecer a bagunça de outras pessoas, já cansada de sua própria.
Tantas vezes fechou a porta das suas próprias vontades, ora por achá-las tolas, ora por medo de errar. Mas, errar é humano, lhe disseram.
Não gostava da sensação de errar, sentia que lhe atrasava a vida, até que caiu na real de que a vida é construída em cima dos erros. Amadureceu, cresceu, amadureceu mais e continua na ânsia de viver coisas que pensa estarem longe de seu alcance, aqueles sonhos que só conta para o travesseiro.
À noite sempre lhe é mais agradável, o silêncio lhe conforta, o manto de estrelas lhe abraça e lhe coloca para dormir. Sente como já disse que todos os dias são uma oportunidade de fazer tudo diferente, tudo mudar, tudo de novo (talvez), tudo de tudo um pouco.
Sente que a liberdade e aconchego possam estar na ponta de um lápis de cor rabiscando um sol amarelo numa folha de caderno.
E, por último, aqueles olhos enxergam um futuro no qual poucos lhe atribuem.
Os mesmo olhos dos quais por diversas vezes não precisam de palavras que os traduzam, falam por si só. E, sempre que a noite cai, e seus olhos não conseguem mais enxergar, ouve o som do seu coração sufocado falar bem baixinho: “acredite, tudo vai dar certo!”. Então adormece.
Amanhã é um novo dia afinal.
Das Insônias alheias...
Tassiana Garcia-Alma de artista, coração de poetiza. <3

Nenhum comentário:
Postar um comentário
Espaço para as insonias alheias