Bebo sem hesitar uma garrafa de whisky.
Devoro um maço de cigarros baratos.
Viro noites em claro acompanhada por garrafas que vão se esvaziando.
Vinho, vodca, cachaça...
Cigarros.
Insônia.
Ela por sua vez tem nome, sobrenome e endereço fixo.
E eu, me entorpeço do desejo que tenho de ti.
Vou ingerindo álcool por não poder beber da fonte que é teu corpo.
Trago os cigarros por não poder tatear tua pele.
Viro noites em claro sonhando em possuir-te de forma única.
Monogâmica.
Sem rimas ou métrica, quero-te pra mim!
"Ah, bruta flor do querer!"
"Eu queria querer-te amar o amor
Construir-nos dulcíssima prisão
Encontrar a mais justa adequação
Tudo métrica e rima e nunca dor
Mas a vida é real e de viés
E vê só que cilada o amor me armou
Eu te quero (e não queres) como sou
Não te quero (e não queres) como és"


