Elizabeth é dessas garotas que gosta de sair de si vez em quando, hoje ela decidiu que vai correr, não que queira ser essas moças fitness, mas é que ela precisa suar e botar pra fora um sentimento e outro.
O dia ta chuvoso, cinza, mas Elizabeth não se incomoda com a umidade do clima. (Aprendeu a diferença de clima e tempo.)
Ela corre contra o tempo, ou ao encontro dele não se sabe...
Deseja arrebentar um muro no peito, cortar os pulsos, pular de pára-quedas, correr, correr, correr pra abstrair um sentimento ou outro que martela chamando sua atenção.
Chora de dentro pra dentro, engole o choro, mistura com saliva e a hemorragia do sentir.
É que correr aumenta a pressão sanguínea e a intensidade dos sentidos. 
Nem por isso ela pára. 
Suas expressões nada mais são, se não a extensão do que sente. 
Dor antiga. 
Corrida antiga... 
Tem corrido há tempos atrás de um amor que não se sabe se ama, não sabe que ainda é. 
Importa que continue correndo, suando, botando pra fora todo extremo sentido que habita esse coração cansado. 
Carece de se hidratar vez ou outra, que é pra não desmaiar no meio do caminho. 
Carece de estancar o sentir, sentar num meio fio qualquer e descansar a alma.
Carece de parar a corrida do/contra tempo. 
Carece de encontrar o que busca, parar, respirar, e sentir a chuva que cai sobre o rosto molhado. 
Uma toalha pra secar o suor da alma por favor? 

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