sábado, 30 de novembro de 2013

O título também se foi

Eu  não me sou, se não a tenho.
Cadê eu?
Com sua partida foram-se meus poemas, minhas rimas, meus sonetos, minhas prosas.
Nossas prosas, (filosóficas em sua maioria).
Foi-se o eu poeta- poetiza, o eu-amor.
Sem seu olhar a me fitar não me vejo. 
Não tem espelho que me permita este feito.
E hoje eu só precisava me enxergar nas suas retinas.
Seus olhos que embora negros, conseguiam iluminar minha alma-versos. Seu corpo espelhado ao meu, dando-me inspiração a prosear no Asteroide.
“Aonde está você agora, além de aqui dentro de mim?”
É entre a falta que tua presença me faz, que percebo as lacunas deixadas por tua ausência, que me procuro nos labirintos do sentir, e não me acho.
Não me sinto. Não me sou.
Cadê eu?
Cadê você?
Preciso de você para ser.
Ser.
Se?
Era, éramos.
Poesia.

Eu não me sou, se não a tenho! 

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